Correspondência
Correspondência é o ato de
estabelecer relação “um a um”. Exemplos: um prato para cada pessoa; cada pé com
seu sapato; a cada aluno, uma carteira. Mais tarde, a correspondência será
exigida em situações do tipo: a cada quantidade, um número (cardinal), a cada
número, um numeral, a cada posição (numa sequência ordenada), um número
ordinal.
Exemplos de atividades:
Primeira atividade:
Material: Objetos do cotidiano.
Atividade: pedir às crianças que
observem os objetos à sua volta: relógio, mesa, janela, copo etc., perguntando
se elas sabem as formas que têm esses objetos. Dependendo das respostas (se
elas dominam o vocabulário básico da geometria, utilizando nomes tais como
quadrado, redondo etc.), pedir que digam o que mais é quadrado, o que é
redondo, verificar se conseguem reconhecer formas triangulares. Em seguida,
elas deverão desenhar objetos com as formas reconhecidas.
Objetivo: reconhecer formas
geométricas nos objetos e integrar os processos de correspondência aos de
comparação, classificação e, eventualmente, inclusão.
Segunda
atividade:
Material: cinco cartelas, cada
uma com o desenho diferente de um menino; outras cinco cartelas, cada uma com o
desenho de um mesmo cachorro.
Atividade: pedir à criança que
escolha um cachorro para cada menino e que dê nome a ambos, verificando se ela
escolhe nomes diferentes, fazendo a correspondência.
Objetivo: corresponder elementos
iguais a elementos diferentes.
Terceira atividade:
Material: cartelas, cada uma com
o desenho de figuras que indicam quente ou frio, como por exemplo: ferro
elétrico, sorvete, sol, geladeira, fogueira, fogão etc.
Atividade: pedir para a criança apontar,
uma a uma, as figuras que recebeu, falando a palavra “quente” ou “frio”,
conforme o caso.
Objetivo: fazer corresponder
imagens e idéias.
Por exemplo:
Comparação
Comparação é o ato de
estabelecer diferenças ou semelhanças. Exemplos: esta bola é maior que aquela;
moro mais longe que ela; somos do mesmo tamanho? Mais tarde, virão: Quais
destas figuras são retangulares?, Indique as frações equivalentes.
Exemplos de atividades:
Primeira atividade:
Material: blocos lógicos.
Atividade: cada criança escolhe
duas peças. Quando todas tiverem feito sua escolha, o professor pergunta a cada
uma em que essas duas peças são diferentes ou parecidas. É importante que todas
essas duas ouçam o colega, pois as particularidades das peças precisam ser
conhecidas por todos. Os atributos serão retomados em atividades posteriores.
Objetivo: estimular a percepção
de semelhanças e diferenças.
Segunda atividade:
Material: tangram
Atividade: comparar duplas de
peças por superposição ou justaposição e dizer o que existe de igual ou quais
são as diferenças (o tangram presta-se a inúmeras atividades, que serão
descritas em outros processos, esta é uma exploração para crianças menores).
Objetivo: favorecer a comparação
de algumas formas geométricas.
Terceira atividade:
Material: pares de gravuras com
pequenas diferenças entre elas, assim como o jogo dos sete erros, (encontrados
em jornais e revistas infantis).
Atividade: as cartelas terão
níveis de dificuldade para as crianças encontrarem, aos poucos, um número cada
vez maior de diferenças. É uma atividade que deve ser feita individualmente, de
início, para que o professor possa observar a capacidade de observação da
criança.
Objetivo: desenvolver o senso de
observação infantil.
Por exemplo:
Classificação
Classificação é o ato de separar
em categorias de acordo com semelhanças ou diferenças. Exemplos: na escola, a
distribuição dos alunos por anos; arrumação de mochila ou gaveta; dadas várias
peças triangulares, e quadriláteras, separá-las conforme o total de lados que
possuem.
Primeira atividade:
Material: conjunto de
cartelas contendo diferentes frutas, bichos, brinquedos, roupas etc.; cada
cartela deve ter um só desenho.
Atividade: apresentar todas as
cartelas de uma vez, pedindo às crianças que separem por algum critério; depois
pedir a elas que expliquem quais foram os critérios usados, tais como: número
de pernas, cor, ter casca etc.
Objetivo: classificar com apenas
um atributo.
Segunda atividade:
Material: conjunto de figuras
geométricas
Atividade: das às crianças
várias figuras geométricas, pedindo que as separem por semelhança. Para as
crianças menores, considerar apenas um atributo de cada vez: cor, forma ou
tamanho; para as maiores pode-se pedir a classificação pela cor e tamanho ou
então por forma e cor ou ainda por forma e tamanho.
Objetivo: classificação de
figuras geométricas.
Terceira atividade:
Material: cartelas, cada uma com
uma palavra diferente.
Atividade: mesmo em classes de
crianças não alfabetizadas esta atividade poderá ser realizada com sucesso.
Começar com os nomes das crianças e ir ampliando para o vocabulário
significativo para o grupo: nomes de animais, dos pais, dos irmãos, das pessoas
da escola, enfim, o professor pode mostrar vários nomes e as crianças devem
agrupar as palavras que começam com a mesma letra.
Objetivo: classificar por
letras.
Por exemplo:
Por exemplo:
AMANDA
ALINE
ANEL
AR
Sequenciação
Sequenciação é o ato de fazer
suceder a cada elemento um outro sem considerar a ordem entre eles. Exemplos:
chegada dos alunos à escola; entrada de jogadores de futebol em campo; compra
em supermercado; escolha ou apresentação dos números nos jogos loto, sena e
bingo.
Primeira atividade:
Material: papel colorido (pode
ser de revistas), tesoura, cola e barbante.
Atividade: recortar bandeiras
(de São João) e colá-las no barbante, uma após a outra, sem qualquer ordem.
Objetivo: fazer sequência.
Segunda atividade:
Material: barbante, canudos
coloridos (de beber refrigerante) cortados em partes, macarrão furado ou
sementes perfuradas.
Atividade: montar um colar,
passando o barbante por dentro dos canudos.
Objetivo: fazer sequência.
Terceira atividade:
Material: conjunto de peças de
jogar dominó.
Atividade: cada criança recebe
uma peça, que vai sendo colocada “em pé”, uma após a outra, deixando um pequeno
espaço entre elas. Um aluno escolhido deve empurrar só a primeira peça, a qual
derrubará todas as demais.
Objetivo: fazer sequência.
Por exemplo:
Seriação
Seriação é o ato de ordenar uma
seqüência, segundo um critério. Exemplos: fila de alunos, do mais baixo ao mais
alto; lista de chamada de alunos; numeração das casas nas ruas; calendário;
loteria federal (a ordem dos números sorteados para o primeiro ou quinto influi
nos valores a serem pagos); o modo de escrever números (por exemplo, 123
significam uma centena de unidades, mais duas dezenas de unidades, mais
três unidades e, portanto, é bem diferente de 321).
Primeira atividade:
Material: barras coloridas
cuisenaire.
Atividade: as crianças devem
ordenar as barras da menor para a maior e, depois, dizer “um” tocando a menor,
dizer “dois” tocando a seguinte, e assim por diante.
Objetivo: utilizar a numeração
oral.
Segunda atividade:
Material: blocos lógicos.
Atividade: apresentar o começo
de uma série com duas, três ou quatro peças diferentes (por exemplo, triângulo,
círculo e quadrado) e pedir às crianças que continuem a série, de modo que
a ordem das peças se repita. A seriação
pode ser feita só de peças com a mesma cor ou com o mesmo tamanho.
Objetivo: seriar considerando um
só atributo.
Terceira atividade:
Material: quatro, cinco ou seis
gravuras.
Atividade: Mostrar todas as
gravuras ao mesmo tempo e pedir aos alunos que, em grupo, inventem histórias e
justifiquem a ordem escolhida. Se as crianças tiverem 4 ou 5 anos, é melhor
começar com três gravuras.
Objetivo: introduzir ordem na
sequência.
Por exemplo:
Inclusão
Inclusão é o ato de fazer
abranger um conjunto por outro.
Exemplos: incluir as idéias de
laranjas e de bananas, em frutas; meninos e meninas, em crianças; varredor,
professor e porteiro, em trabalhadores, na escola; em losangos, retângulos e
trapézios, em quadriláteros.
Primeira atividade:
Material: conjuntos de sólidos
(caixas vazias ou fundos de garrafas plásticas) de tamanhos diferentes, tal que
se encaixem uns nos outros.
Atividade: dar todos os sólidos
para as crianças e pedir que arranjem todos eles, colocando os menores dentro
dos maiores.
Objetivo: reforçar as noções de
incluir, conter, caber, estar dentro, pertencer.
Segunda atividade:
Material: conjunto de círculos
de papelão de diferentes diâmetros e cores.
Atividade: apresentar todos os
círculos às crianças, de modo desordenado, e pedir que elas os ordenem, por
superposição. Elas podem preferir fazê-lo do maior para o menor ou ao
contrário.
Objetivo: fazer inclusão
utilizando superfícies (bidimensional).
Terceira atividade:
Material: cartelas com palavras
sugerindo inclusão.
Atividade: o professor vai lendo
uma a uma as palavras e as crianças devem dizer uma outra que abranja todas.
Por exemplo, se na cartela estiver escrito barco, remo, concha, areia e onda,
as crianças devem dizer rio ou mar. Outro exemplo: laranja, abacaxi, melão, em
que a palavra pode ser fruta ou suco.
Objetivo: incluir por meio de
idéias.
Por exemplo:
BANANA
MAÇA
MELÃO
MORANGO
ACEROLA
Conservação
Conservação é o ato de perceber
que a quantidade não depende da arrumação, forma ou posição.
Exemplos: uma roda grande
e outra pequena, ambas formadas com a mesma quantidade de crianças, um copo
largo e outro estreito, ambos com a mesma quantidade de água, uma caixa com
todas as faces retangulares, ora apoiada sobre a face menor, ora sobre outra
face, conserva a quantidade de lados ou de cantos, as medidas e, portanto, seu
perímetro, área e volume.
Primeira atividade:
Material: conjunto de palitos.
Atividade: cada aluno recebe
seis palitos e deve montar livremente as figuras que quiser, utilizando todos
os palitos. Em seguida, o professor mostra a todos os alunos as diferentes
figuras construídas com seis palitos, e pergunta: “Todas as figuras montadas
têm a mesma quantidade de palitos ou há figura que tem mais palitos?”.
Objetivo: favorecer a percepção
da conservação de quantidade, variando a configuração plana.
Segunda atividade:
Material: vinte e cinco peças
iguais (fichas ou dominós).
Atividade: apresentar as peças
em duas pilhas, A e B, sendo A com dez e B com quinze peças. Pedir para a
criança formar duas novas pilhas, C e D, com essas peças, do seguinte modo: as
peças para C deverão ser retiradas só de A e as peças para D deverão ser
retiradas só de B; quando for colocada uma peça em C, então a peça seguinte
deverá ser em D, uma a uma. Quando as pilhas C e D chegarem a 7, 8 ou 9 peças o
professor deve, apontar para as duas novas pilhas e perguntar: “As duas pilhas
têm a mesma quantidade de peças ou uma delas tem mais que a outra?”.
Objetivo: favorecer a percepção
da conservação de quantidade.
Terceira atividade:
Material: várias tiras iguais de
papel e tesouras.
Atividade: cada aluno recebe uma
tira e deve cortá-la em quantos pedaços quiser. Provavelmente, cada criança
dividirá diferentemente sua tira. Os pedaços deverão ficar sobre a carteira
(mesa) e o professor perguntará: “Fazendo de conta que o papel é o chocolate,
quem tem mais chocolate ou todos têm a mesma quantidade?”.
Objetivo: favorecer a percepção
da conservação de quantidade, variando a repartição.
Por exemplo:
Bibliografia:
Coleção formação de professores: Educação infantil e percepção matemática. Sergio Lorenzato
Imagens retiradas do arquivo pessoal das integrantes do grupo
Amei sua postagem, vou usar, obrigada.
ResponderExcluirAmei sua postagem, vou usar, obrigada.
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